Como se comportar numa entevista de emprego
Uma combinação de fatores leva ao sucesso num processo de seleção.
A experiência é importante sempre. Ainda mais para funções que não sejam de chefia, como as que exigem conhecimentos específicos.
Para cargos de liderança, além do histórico profissional, é o perfil do candidato o que conta mais. Tudo isso, claro, coroado pela performance certa: o que você fala, como você fala e a sua postura.
Vamos começar pelo visual feminino:
– Cabelos? Soltos ou presos, mas sempre discretos.
– Saia? Pode ser, desde que não seja acima do joelho.
– Um terninho é a melhor opção.
– A cor? Opte pelos tons suaves. Sem esquecer do preto, infalível.
“Outra coisa para a mulher que é importantíssima. Não usar decote, não usar transparência. Não ir muito maquiada porque não é uma festa nem usar aqueles brincos e colares enormes em que a sua aparência vai chamar mais atenção do que a sua experiência”, diz Cássia Lourenci, consultora de carreira.
Vestir-se de acordo com a vaga também pode ser uma boa estratégia. Foi o que comprovou a engenheira Andressa.
“Como eu sabia que a vaga era para engenharia, para trabalhar em construção civil, eu vim de calça jeans, camisa social, e vim de coturno. Foi a roupa que eu achei mais adequada. Cabelo com rabo de cavalo, sem maquiagem, nada de mais”, diz Andressa Sannazzaro, engenheira civil.
Agora, os homens:
– Comecem pela barba bem feita.
– O tradicional conjunto de terno e gravata é a opção mais segura.
“Terno para homem pode ser azul, preto, no verão pode ser ate bege. Gravata discreta. Pode ser rosa, mas mais clara. O problema não é só a cor, o problema é questão do bom senso e de combinar”, diz Cássia. Funções de produção aceitam um visual menos formal, claro, mas não menos caprichado! “A gente tem que ir de uma forma asseada. Para mostrar para o empresário que você está a fim de trabalhar e não ir de qualquer jeito. Eu penso assim”, diz Alfreu André dos Reis, operário. “Roupa social, cabelo arrumado. Pra chegar e arrebentar”, diz Antonio Marcos Carvalho Juvenal, operário.
Tanto homens como as mulheres ou escolham um muito suave. E uma orientação preciosa, principalmente para os dias quentes. “A gente aconselha camisa branca. Porque a camisa branca, quando você transpira muito, ela não marca como as coloridas”, orienta Cássia. Com a roupa certa, é hora de se concentrar nas atitudes. Chegue alguns minutos mais cedo e aproveite para observar o ambiente. Você pode até encontrar um jornal ou um mural com informações sobre a empresa. Tudo isso ajuda na hora da entrevista. Bolsas e pastas ficam no colo, em outra cadeira ou no chão. Nunca na mesa do entrevistador. E o salário, deixe o entrevistador tocar no assunto. “Salário é a última coisa porque primeiro eu quero entender se você serve para a minha vaga. Se você preenche tudo que eu preciso para aquela posição. Se você preenche, aí sim nós vamos falar de salário”, diz Cássia. No momento de falar sobre a sua trajetória profissional, dê prioridade para os últimos dez anos. Se você nunca trabalhou, destaque sua formação e as atividades extracurriculares.
Nessa fase da vida profissional, as dinâmicas de grupo são bastante utilizadas. Na atividade proposta, os três grupos de candidatos podiam questionar os projetos uns dos outros. “Todas as pessoas que estão aqui tem o perfil muito semelhante. Eles já passaram por uma triagem, então são todos muito próximos. O que vai diferenciar é a atitude”. “É a forma como se coloca, a postura, o interesse. O quanto ele respeita os demais, como ele interage, e o conhecimento que ele traz. Do momento em que ele chega até a hora em que ele vai embora. Então, não é só no espaço da dinâmica. No cafezinho, enquanto a gente estiver conversando, isso também esta sendo observado”, diz Tânia Izzo, coordenadora de Recrutamento e Seleção. “Mesmo que eu não consiga esta vaga, isso vai me servir de experiência. Nossa! Primeira vez, ainda! Tem muita coisa que eu queria falar e acabei não falando, tem muita coisa que eu queria fazer e acabei não fazendo, idéias que foram dispensadas, mas a gente vai aprendendo”, diz Bruno Bandeira, estudante de Engenharia da Computação.
Por: Michelle Loreto, Fonte: Jornal Hoke – TV Globo